Por Julia Nishio e Daniel Vidal Pérez |
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, cerca de 84,9 milhões de pessoas vivenciam a vulnerabilidade alimentar no Brasil. O nível de restrição dos alimentos é mais grave em domicílios chefiados por mulheres, que apresentam, também, crianças ou adolescentes, e localizados na área rural do Brasil. A insegurança alimentar aparece de forma desigual entre as regiões. Os piores casos se encontram nas regiões Norte e Nordeste, onde menos da metade dos domicílios tinham acesso pleno e regular aos alimentos. Apesar das demais regiões superarem a média nacional, também atingiram o menor percentual de segurança alimentar desde 2004.
Impactos na Segurança e Defesa: O aumento da insegurança alimentar representa um risco à Segurança Nacional pois afeta um dos cinco pilares do Poder Nacional, a saber o Psicossocial. As consequências de um possível agravamento dessa situação podem ter reflexos no campo socioeconômico e político, como já vistos em outras situações, a exemplo da Primavera Árabe.
Indicadores: Desde 2004, a insegurança alimentar vinha diminuindo no Brasil. Em 2013, ela atingiu a menor quantidade dos lares (22,6%), aferida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Mas em 2017-2018, houve uma piora, pois 36,7% dos lares (25,3 milhões domicílios) foram diagnosticados como sofrendo de insegurança alimentar.
Fonte: IBGE. 10,3 milhões de pessoas moram em domicílios com insegurança alimentar grave. Agência de notícias IBGE. 17 set. 2020. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de noticias/noticias/28903-10-3-milhoes-de-pessoas-moram-em-domicilios-com-inseguranca-alimentar-grave.