Por Samira Scoton e Daniel Vidal Pérez |
É inadiável que o Brasil apresente uma Estratégia Nacional de Biodefesa. Doenças infecciosas emergentes são produtos tanto da globalização quanto das mudanças no uso da terra e do clima, e representam um desafio para a Biodefesa. Os cenários envolvidos incluem propagação natural, bioterrorismo, agroterrorismo e falhas de biossegurança em laboratórios. É fundamental que o Estado esteja preparado para identificar e agir proativamente nesse tipo de conjuntura. Dessa forma, há que melhorar os sistemas de prevenção, detecção precoce, alerta e resposta rápidos, além de resolver assuntos transversais, como gestão de pessoal (governança), política e regulação, gestão de informações (pesquisa, educação e divulgação).
Impactos em Segurança e Defesa: Ameaças biológicas causam distúrbios psicossociais, pois afetam a própria existência do ser humano. A necessidade de concentrar esforços para a contenção desse tipo de ameaça tem implicações econômicas e técnico-científicas, podendo afetar, em última instância, os campos político e militar, com múltiplas e sempre negativas consequências à segurança nacional.
Fonte: CURRIE, Chris P.; DENIGAN-MACAULEY, Mary. National Biodefense Strategy: Opportunities and Challenges with Early Implementation. United States. Government Accountability Office, 2020.